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Sessões de Trabalho
Todas as sessões vão ocorrer das 16h00 as 18h00 conforme consta na programação.
Para saber sobre os trabalhos inscritos acesse o caderno de resumos ao clicar AQUI.

 

 

Solicitamos a todos aqueles que estiverem inscritos como apresentadores de trabalho que concretizem suas inscrições e depositem (identificado) o valor referente à sua participação na conta “UNESP Eventos” do Banco do Brasil, cujo numero encontra-se abaixo.  Solicitamos, igualmente, que nos enviem seus comprovantes por e-mail, para nosso endereço eletrônico - semanadehistoria.unesp2015@gmail.com – a fim de que seja possível relacionar todos aqueles que participarão do evento, com apresentação de trabalhos.

A solicitação se prende ao fato de que esta  arrecadação representa o inicio de valores recolhidos para  fazer frente aos primeiros gastos do evento.  O pagamento deve ser feito IMPRETERIVELMENTE, até o dia 10 de outubro, data limite. Aqueles que não o fizerem estarão fora da relação de alunos/professores apresentadores.                     

Banco do Brasil – 001

Agência   -  6570-6

Conta corrente :  130281-7

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 01

Cultura, Imaginário, Política e Religião na Idade Média

Ruy de Oliveira Andrade Filho

(UNESP/ASSIS)

Germano Miguel Favaro Esteves

(Doutorando – UNESP/ASSIS)

 

A História Medieval têm ganhado espaço significativo nas pesquisas desenvolvidas pelos estudiosos brasileiros graças à descoberta da sua importância para a construção daquilo que hoje compreendemos como Civilização Ocidental. Sendo assim, a proposta desta sessão de trabalho é estabelecer um espaço de discussão e intercambio de conhecimentos acerca dos diversos aspectos da Idade Média.

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 02

Cultura, Memórias e Resistências no Mediterrâneo Antigo

Andrea Lúcia D. de Oliveira Carvalho Rossi

(NEAM–UNESP/ASSIS)

Ivan Esperança Rocha

(UNESP/ASSIS)

 

Esta sessão de trabalho visa promover um espaço para debates entre pesquisadores da Antiguidade. A temática proposta está vinculada ao evento e é totalmente pertinente aos estudos sobre a Antiguidade na medida  em  que  as  possibilidades  historiográficas  permeiam  as relações entre a memória, as suas formas de permanência e esquecimentos; as resistências presentes tanto nos discursos das fontes textuais como materiais; assim como as narrativas presentes na literatura que, em sua maioria, caracterizam as documentações clássicas. Desta forma, abre-se um espaço para reflexões sobre estes elementos que tendem a enriquecer ainda mais as pesquisas em andamento.

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 03

O Brasil no século XX

 Milton Carlos Costa

(UNESP/ASSIS)

Claudinei Magno Magre Mendes

UNESP/ASSIS)

 

O intuito dessa sessão é oferecer um espaço para os estudiosos que estejam pesquisando temas relativos ao Brasil do século XX explorem seus trabalhos e trocarem experiências. Ainda que não defendamos a ideia de que, quanto mais recuado encontra-se o objeto pesquisado, mais o historiador tem condições de fazer uma análise imparcial e objetiva, acreditamos que, com o passar do tempo, a história depura os acontecimentos e coloca a necessidade de se fazer novos estudos sobre temas já analisados.  O século XX constitui um  momento decisivo da constituição do que somos hoje. E, à medida que a história caminha, novas questões se colocam para nós que exigem uma constante reavaliação desse passado imediato.

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 04

História e Meio Ambiente 

Roger Domenech Colacios

(UNESP/Assis)

 Carlos Alberto Menarin

(UNESP/ASSIS)

 

A presente Sessão busca reunir pesquisadores vinculados à temática ambiental em suas múltiplas interfaces com a sociedade, em diferentes espaços, tempos e temporalidades. A compreensão dos conflitos sociais na apropriação e conservação de recursos no mundo rural e nas áreas urbanas, populações afetadas e organização de movimentos sociais, expansão do agronegócio, a atuação estatal por suas agências e políticas públicas, em seus vários níveis orientadas ao desenvolvimentismo ou a proteção de recursos naturais. O planejamento e gestão das cidades, produção e consumo, o uso econômico da biodiversidade e de recursos naturais (hídricos, energia, mineração) e as representações simbólicas e do imaginário coletivo sobre o mundo natural. As perspectivas metodológicas, teóricas e pesquisas empíricas, bem como as experiências pedagógicas sobre o tema do meio ambiente no ensino de História compõem eixos possíveis para a aglutinação das questões, a problematização e o debate sobre a História Ambiental.

 

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 05

História e Historiografia nas Américas

Carlos Alberto Sampaio Barbosa

(UNESP/ASSIS)

José Luis Bendicho Beired

(UNESP/ASSIS)

 

Os estudos históricos sobre a América Latina e os Estados Unidos têm ganho uma atenção crescente da historiografia brasileira e, em particular, na UNESP e demais universidades paulistas. Nesta sessão pretende-se promover a discussão de pesquisas que possuam como temas as Américas suas fontes, abordagens e perspectivas teóricas e metodológicas. A sessão será um espaço para reflexão de investigações recém concluídas e em curso, assim como promover a sua difusão entre o público discente e de professores de História.

 

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 06

Historiografia, Teoria e Escrita da História: desafios da História Cultural na academia e na escola

Hélio Rebello Cardoso Jr.

(UNESP/ASSIS)

Igor Guedes Ramos

(Doutor em História pela UNESP/ASSIS)

 

O objetivo desta mesa é congregar pesquisas a respeito da produção historiográfica, dos debates teórico-filosóficos e das interfaces entre escrita acadêmica e escolar; que envolvam, sobretudo, o campo da História Cultural. A História Cultural, em seu desenvolvimento, teve como característica o debate teórico com inúmeros campos de conhecimento. Tais debates, alguns amistosos – por exemplo, entre Roger Chartier e Pierre Bourdieu –, outros revestidos de um caráter mais beligerante – Carlo Ginzburg e Michel Foucault –, levaram os historiadores a modificar e reinventar sua produção.   Daí a necessidade de análise dessas modificações e dos debates a seu respeito, para pensarmos o que produzimos e nossa relação com a sociedade. A escrita escolar da história, campo privilegiado dessa relação, sustenta seus pressupostos na apropriação de conceitos, definições e métodos gerados no campo acadêmico, reproduzidos de forma peculiar e diferenciada nos materiais necessários para a sua concretização – caso específico dos livros didáticos. Daí a necessidade de pesquisas sobre a interface entre saber acadêmico e saber escolar.

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 07

História da África, Afrobrasileira e Interlocuções

Lúcia Helena Oliveira Silva

(UNESP/ASSIS)

 

Esta sessão objetiva agregar as comunicações de pesquisas sobre a história social da escravidão, do período pós-emancipação, colonialismo e as relações com gênero e educação em especial no que tange a Lei 10639/03 atual 11645/08.

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 08

Trajetórias e Biografias: modelos, limites, desafios e possibilidades

Wilton Carlos Lima da Silva

(UNESP/ASSIS)

 

Das vidas exemplares aos fenômenos de mídia, da narrativa literária ou jornalística à análise historiográfica, da panteonização à crítica demolidora, do modelo cívico ao esquecimento, da desconfiança à legitimidade, eis algumas oscilações sofridas pela prática biográfica e pela sua abordagem como objeto de estudo ao longo do tempo. A proposta do presente simpósio temático é mapear características e particularidades da construção da memória social a partir do biografismo, se constituindo como um espaço multidisciplinar privilegiado de interlocução entre pesquisadores do tema e suas derivações  para  a  troca  de  experiências,  informações  e conhecimentos sobre teorias, fontes, métodos e abordagens. Para tanto, tais narrativas devem ser percebidas enquanto espaço comunicacional de diferentes subjetividades, modo de apreensão de uma experiência pessoal e forma de reavaliação do passado a partir das relações entre indivíduo-grupo-sociedade, para que possam se explicitar os condicionantes culturais e políticos de sua produção, a partir de dimensões grupais e institucionais que atuam em processos de afirmação/construção da memória e do esquecimento.

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 09

História da comunicação social e mídias na História

Áureo Busetto

(UNESP/ASSIS)

Paulo Gustavo

(UNESP/Assis)

 

 

A atividade espera reunir comunicações de pesquisa que, de um lado, promovam debate e reflexões, em termos teórico-metodológicos ou historiográficos, acerca das práticas e representações de diferentes mídias na grande chave da história da comunicação social, quer de abrangência nacional, quer internacional ou em abordagem comparativa, tanto no recuado do tempo quanto no tempo presente, e, de outro, a discussão sobre usos e experiências das mídias, como fontes e objetos, da pesquisa e do ensino de História.

 

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 10

Historiografia

Milton Carlos Costa

(UNESP/ASSIS)

Claudinei Magno Magre Mendes

(UNESP/ASSIS)

 

Até a década de 1980, os trabalhos sobre a historiografia eram bastante raros no Brasil, a ponto de José Amaral do Amaral Lapa chamar a atenção para os poucos trabalhos que então existiam. A partir de então, os estudos historiográficos foram se ampliando, a ponto de atualmente, podermos contar com uma quantidade que, podemos afirmar, atestam a maturidade da pesquisa histórica no Brasil. Com efeito, ao que parece, somente quando os historiadores, além de suas pesquisas históricas, começam a refletir sobre a sua própria produção, é que podemos afirmar que a atividade dos historiadores alcançou certa maturidade. Mas, a maturidade somente pode ser alcançada não apenas por meio de os historiadores voltar sobre os seus próprios passos e examinar os fundamentos de sua prática. Também é decisivo o estudo da prática histórica de outros países, para que possamos absorver experiências e questões. Assim, esta sessão tem como objetivo abrir um espaço de troca de experiência e de informações entre os historiadores cujas pesquisas estão voltadas para sua própria prática.

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 11

Movimentos migrátorios, terra, trabalho e economia no mundo contemporâneo

Paulo Cesar Gonçalves 

(UNESP/ASSIS)

Lélio Luiz de Oliveira

(USP/RIBEIRÃO PRETO)

 

Dentro do quadro de expansão e consolidação do capitalismo as sociedades passaram por um processo de reconfiguração, perceptível ao olhar do historiador, em suas diversas dimensões. O propósito desta sessão de trabalho é enfocar, mediante perspectiva diacrônica, os enlaces específicos entre as trocas comerciais, os mundos do trabalho, a organização do espaço produtivo e a ordenação dos movimentos de população como prática política e econômica da época contemporânea, privilegiando áreas consideradas periféricas pelo capitalismo mundial. A sessão também pretende abrigar discussões do Núcleo de História Econômica, que se propõe como espaço de interlocução para pesquisas cuja temática fundamental está voltada aos aspectos econômicos da História, entendidos em uma perspectiva que englobe contexto social mais amplo, evitando, assim, uma visão economicista.

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 12

História e Memória

Eduardo José Afonso

(UNESP/ASSIS)

 

O intuito primeiro desta sessão é o de abrir espaço para a discussão relativa às questões que envolvam História e Memória. Pretende-se que este seminário temático seja, igualmente, um fórum, onde alunos da graduação, pós-graduação e pesquisadores do tema apresentem e discutam seus trabalhos  de pesquisa. Os focos de atenção podem ser vários, desde trabalhos com história oral, análise do discurso na história da fotografia e do cinema e questões relacionadas ao campo teórico-metodológico que envolvam o tema e afins.

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 13

Pesquisas em história do Brasil: diálogos entre grupos de estudo

José Carlos Barreiro

(UNESP/ASSIS)

Claudinei Magno Magre Mendes

(UNESP/ASSIS)

 

Este simpósio temático resulta de uma proposta de trabalho conjunto de dois grupos de pesquisa: o Grupo de estudos e pesquisas interdisciplinares sobre cultura, política e sociabilidade e o grupo O império português no século XVII. Trata-se de um esforço de colaboração entre dois grupos com o intuito de uma troca de experiências, informações e de apresentação de resultados de pesquisas em andamento de temas que estejam inseridos nas propostas de um desses grupos. Com isso, os dois grupos pretendem assinalar que, para além das especificidades dos temas pesquisados, há um espaço de debates que ultrapassa a especialidade, necessária nas pesquisas históricas, e coloca as indagações no campo comum da história. É com o intuito de ampliação do debate, valorizando a interdisciplinaridade e os aspectos gerais da pesquisa histórica, que os dois grupos propõem um simpósio temático que abarque as pesquisas sobre o Brasil em suas diferentes épocas históricas.

 

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 14

História e Cultura Visual

Carlos Alberto Sampaio Barbosa

(UNESP/ASSIS)

 

Os estudos que possuem a cultura visual como fonte e objeto estão cada vez mais presentes no universo dos historiadores brasileiros. Embora o conceito de cultura visual seja problemático e polêmico esta sessão tem como objetivo abrir um espaço de debate tendo como foco as discussões teórico-metodológicas, bibliográficas, assim como debates relacionados aos problemas, limites e possibilidades de pesquisa deste campo. A sessão de trabalho receberá investigações em andamento ou concluídas vinculadas ao tema dos estudos visuais.

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 15

O uso das linguagens no ensino de história como meio de aprendizagem histórica: um desafio ao professor-pesquisador

Ronaldo Cardoso Alves

(UNESP/ASSIS)

 

A sessão tem como objetivo discutir propostas de trabalho que utilizem as diferentes linguagens como suporte didático para a construção do conhecimento histórico. A Didática da História contemporânea tem refletido acerca da ação do professor- pesquisador, pois para ela não há dissociação entre pesquisa e docência. Aos futuros e atuais professores de História, portanto, se reserva o desafio de desenvolver atividades que permitam aos alunos a aprendizagem da História por meio da análise da diversidade de fontes (escritas, imagéticas, sonoras, audiovisuais, materiais, entre outras), pois é nessa ação didática, mediada pela racionalidade histórica, que reside a função de promover o embate com a produção cultural, historicamente concebida, a fim de criar possibilidades de reflexão.  Nessa  perspectiva,  a  aprendizagem  histórica  ocorre  por meio de um processo gerador de habilidades que combina a seleção de informações, o exercício hermenêutico e a criação de perspectivas de orientação temporal no cotidiano vivido. Finalmente, uma questão se coloca: como o trabalho com as diferentes linguagens no Ensino de História, na perspectiva do professor-pesquisador, possibilita a formação do pensamento histórico dos estudantes de forma que possam, conscientemente, enfrentar os desafios de seu tempo?

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 16

Identidades, memória e representações no Brasil republicano

Zélia Lopes da Silva Silva

(UNESP/Assis)

Carla Lisboa Porto

(Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História)

 

Esta Sessão de trabalho se propõe a discutir pesquisas que versem sobre “identidades, memória e representações” de homens e mulheres, a partir de experiências diversificadas, ao longo do período republicano brasileiro. O debate deverá enfatizar as vivências desses sujeitos, expressas em manifestações diversas que conformam as suas relações sociais, cujos valores aparecem em suas práticas culturais e em suas representações, realimentadas em seus rituais, festas e lutas políticas diversas. Essas vivências aparecem expressas em fontes variadas, inclusive aquelas produzidas pelo pesquisador. Deste modo, ao buscar na trajetória destes agentes históricos a realização de sonhos e desejos na organização de suas vidas, também desvelam elementos de subjetividades presentes em seu discurso, que sinaliza para trajetórias não lineares de vida.

 

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 17

Indivíduo e espaço público

Ricardo Gião Bortolotti

(UNESP/Assis)

 

Trata-se de expor os modos dos indivíduos se manifestarem enquanto cidadãos de determinada sociedade. O espaço política é a rede em que o indivíduo se manifesta através da palavra, a qual, ao ser enunciada equivale à ação política. Com efeito, a manifestação política, caracterizada como a aparição do indivíduo no espaço público, revela mais do que um eu isolado, mas a reverberação de várias vozes, estofo formado dos indivíduos que definem a malha social. Assim sendo, a polis grega configura-se como o espaço política perfeito, uma vez que os cidadãos possuíam voz, ao participarem ativamente dos destinos da cidade. A História, no entanto, mostra-nos como tal espaço se transformou, tornando-se privado e calando a voz dos cidadãos. Essa sessão de trabalho possibilita a ampla discussão acerca dessas questões, as quais envolvem filosofia, semiótica, política e religião.

 

 

 

 

 

SESSÃO DE TRABALHO 18

Literaturas Africanas de Língua Portuguesa

Rubens Pereira dos Santos

(UNESP/Assis)

 

Atualmente, as literaturas africanas constituem-se na grande novidade nas culturas em língua portuguesa. Agualusa, Ondjaki, João Melo (pelo lado angolano); Germano Almeida, Vera Duarte, Dina Salústio (pelo lado cabo-verdiano); Mia Couto, Paulina Chiziane, Ungulani Ba Ka Khosa (lado moçambicano) são alguns dos autores em evidência nas letras africanas de língua portuguesa. Podemos destacar, ainda, Odete Semedo e Abdulai Silá (Guiné-Bissau) e Conceição Lima e Alberto Bragança (São Tomé e Príncipe). Diante de um quadro tão positivo, é de esperar que os estudos acadêmicos sobre as literaturas africanas ganhem destaque. Assim, este é o momento propício para que os jovens universitários apresentem os seus trabalhos sobre as obras de autores africanos, possibilitando à comunidade acadêmica um encontro com essa rica literatura.

 

 

 

 

Sessão de trabalho 19

Cultura oral, memória e resistência afro-brasileira

Francisco Cláudio Alves Marques

(UNESP/Assis)

Juliana Franco Alves Garbim

(Doutoranda - UNESP/Assis)

 

Esta sessão de trabalho abre espaço para estudiosos da tradição oral e popular que abarque a temática afro-brasileira como mote de pesquisa. A proposta é trazer à baila questões fundamentais, voltadas para as expressões artísticas e culturais da memória e da história do povo afro-brasileiro, acompanhada das perspectivas teóricas, metodológicas e da hermenêutica do texto oral e literário no contexto histórico. A resistência da cultura negra frente a séculos de apagamentos tem se tornado um eixo de pesquisa cada dia mais necessário, como forma de, enquanto pesquisadores, auxiliarmos no desvelamento da tradição oral negra no Brasil, repleta de sabedoria e ensinamentos silenciados pelo tempo. As interfaces da história, da memória e da literatura têm propiciado um importante nicho de pesquisa como forma de conhecimento identitário do povo brasileiro, além de promover um estímulo para a apreensão estética de uma cultura considerada marginal.

 

 

 

 

 

Sessão de trabalho 20

História oral, tempo presente e possibilidades educacionais.

Isabel Cristina Martins Guillen

(UFPE)

 

O simpósio temático objetiva propiciar espaço para pensar a relação entre história oral e história do tempo presente, relacionando-as com o ensino de história. Este simpósio visa discutir a utilização da metodologia da história oral como um importante instrumento para a construção e didatização do conhecimento histórico. Além de compartilhar experiências, o simpósio temático será um momento de reflexão teórico-metodológica acerca da metodologia da história oral aplicada no ensino de história no nível médio e fundamental, e das possibilidades que tem oportunizado para o entendimento da história como construção do conhecimento e reconhecimento dos sujeitos históricos enquanto tal.

 

 

 

 

 

Sessão de trabalho 21

Representações do mito na ficção, poesia e teatro modernos

Fabiano Rodrigo da Silva Santos

(UNESP/Assis)

 

A dialética do esclarecimento (1947) de Adorno e Horkheimer denuncia que o esclarecimento (Aufklärung), ao relegar o mito à esfera da mentira e da superstição e conferir poderes absolutos à razão instrumental configurou um estado de barbárie que conta entre seus expedientes com a mistificação das forças de controle convenientes aos modernos setores de poder, o que configura um quadro ideológico hegemônico em que circunstâncias social, econômica e historicamente determinadas recebem contornos transcendentes. Assim, fenômenos como o controle das massas e as desigualdades sociais assumem foros de condições a-históricas e absolutas, alijando tentativas de resistência. Alguns artistas modernos, provavelmente sensíveis a esses mecanismos de controle, investigam de modo dialético as ressonâncias do mito junto aos fenômenos da modernidade, em busca de alternativas à mistificação da ideologia ilustrada. Baudelaire, por exemplo, busca no espaço vertiginoso da Paris, em transformação motivada por um progresso despótico, alegorias que remetam à eternidade; Kafka denuncia a mistificação dos mecanismos de controle burocrático que esmagam o indivíduo sob as determinações de uma forma de arbítrio transcendente; antes deles, Büchner, em Woyzeck (década de 1830) encontra na tragédia dos humildes consonâncias entre o fatum trágico e a contingência histórica. Esses três autores são exemplos do estabelecimento de diálogos com as estruturas e motivos próprios ao mito, como via para interpretação das contradições da sociedade moderna e, também, em alguma medida, de exercício de resistência. Os desdobramentos dessa atitude na ficção, poesia e no teatro modernos são variados, envolvendo, por exemplo, a busca da re-historicização da metáfora poética por meio dos nexos incertos da alegoria (como investiga Walter Benjamin), a denúncia da mistificação dos mecanismos de opressão (como na obra do citado Kafka, em relação à burocracia ou no romance Vidas Secas de Graciliano Ramos, em relação à miséria) e os pontos de interlocução entre as manifestações do teatro moderno e as reminiscências do trágico constituídos como campo propício à problematização e debate das contradições da sociedade moderna (nesse ponto, o teatro de Brecht, de Sartre e a peça A gota d´água, de Chico Buarque e Paulo Pontes são exemplos expressivos). Com base nesses pressupostos, o presente simpósio propõe a discussão de trabalhos que tratem das representações do mito, de sua estrutura e motivos, na ficção, poesia e teatro modernos (da segunda metade do século XIX até o século XX), operadas como formas de representação da história moderna ou  mesmo como mecanismo de avaliação crítica das condições históricas da sociedade capitalista ocidental, resistência e denúncia da opressão.  

 

 

 

 

 

Sessão de trabalho 22

Da história brasílica à literatura brasileira, pela voz dos documentos

Carlos Eduardo Mendes de Moraes

(UNESP/Assis)

Elisa dos Santos Prado

(Doutoranda UNESP/Assis)

Luís Fernando Campos D'Arcadia

(Doutorando UNESP/Assis)

 

Neste simpósio pretende-se discutir a relação intrínseca que se estabelece entre o registro de fatos e a existência de um embrião de expressão literária, presente no estudo de documentos produzidos na América Portuguesa até o século XIX, momento posterior à independência do Brasil, período em que se processa o alvorecer de nossa expressão literária, manifestada predominantemente por jornalistas, historiadores e funcionários envolvidos em outras carreiras, mas que de alguma forma deram o seu contributo para o processo de constituição desta nova expressão. Por intermédio da escrita com preocupação formal, ou do registro de eventos variados, ou ainda da emulação de autores canônicos da época (tanto ibéricos quanto conhecidos de outros pontos da Europa), uma preocupação com “fazer-se aparecer” ocupou o ambiente brasílico desde os anos finais do reinado de Dom João V (final da primeira metade do século XVIII), evidenciando já a consolidação de registros fundamentais para a formação da história literária brasileira: correspondência oficial, correspondência pessoal, documentação das igrejas, trânsito de documentos em forma de relatórios, de registros de ações locais, de efemérides e de fatos pontuais marcantes foram escritos em consonância com regras rígidas apreendidas pelos estudos das retóricas e das poéticas ensinadas nas universidades portuguesas e disseminadas pelos espaços de ensino da escrita pelo reino. A dupla (às vezes múltipla) identidade dos produtores desses documentos no ambiente brasílico (os ditos “letrados”) revela que muitos nomes não canônicos no estudo da literatura juntam-se com os mais conhecidos e contribuem com essa entrada da escrita brasílica no universo literário por intermédio do exercício de suas atividades cotidianas associado à prática da escrita dirigida pelos modelos formais vigentes no ensino português.

 

 

 

 

 

Sessão de trabalho 23

Resistir será sempre preciso: história e memória na representação de guerras e ditaduras na literatura e no audiovisual

Gabriela Kvacek Betella

(UNESP-Assis)

 

Ao longo do século XX, em meio às renovações estéticas, as formas de arte empenharam-se na tomada de consciência sobre seu próprio papel como agentes da História. Seja por meio de uma cultura literária ou de uma tradição cinematográfica, novas perspectivas, visões e críticas se formaram dispostas a enfrentar uma “histórica oficial”, em especial tratando de políticas ou situações autoritárias, bem como discutindo ideologias e meios de representação do passado ou do presente. Aproveitando os resultados dos debates após as comemorações dos 70 anos do final da Segunda Guerra Mundial, este simpósio pretende discutir desde a visibilidade da violência de conflitos bélicos ao peso repressivo em regimes totalitários, oferecidos pela literatura e pelo audiovisual, levando em conta as variações dos relatos de experiências pessoais e coletivas, principalmente as que comportam exílio, clandestinidade, cárcere e, sobretudo, resistência. As análises de romances, contos, crônicas, memórias, autobiografias, diários, correspondências, longas-metragens, documentários, minisséries e outras produções poderão enriquecer o diálogo entre a construção artística e o saber histórico.

 

Sessão de Trabalho 24

Trabalho e Trabalhadores: lutas, transformações e atualidades

Ana Maria Rodrigues

(UNESP/Assis)

 Yuri Rodrigues da Cunha

(UNESP/Assis)

 

O presente GT tem por objetivo debater pesquisas nas Ciências Humanas que abordem a temática do “mundo do trabalho”, levando em consideração tanto aspectos objetivos (condições materiais das forças produtivas) quanto subjetivos (impactos sobre a classe trabalhadora). Pretende, ainda, discutir os atuais cenários e perspectivas que estão colocados para a classe trabalhadora, aludindo também transformações históricas que levaram à atual conjuntura, bem como, as formas de lutas desenvolvidas pelos trabalhadores como estratégias para enfrentar o mundo do trabalho na contemporaneidade. Assim sendo, este GT recebe trabalhos que versam desde novas e/ou clássicas formas de exploração do capital sobre o trabalho (terceirização; novas formas de precarização; etc.), como também, de alternativas desenvolvidas pela classe trabalhadora para conter o avanço do capital (cooperativismo; autogestão; etc.).

 

 

Sessão de trabalho 25

Experiência Intelectual Brasileira

Carlos Eduardo Jordão Machado

(UNESP/Assis)

Rafael Morato Zanatto

(Doutorando em História – UNESP/Assis)

 

Trata-se de reunir e discutir pesquisas já concluída ou em andamento seja de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado ou de Pós-doutorado que tenham como foco a produção crítica de autores nacionais, como Paulo Emílio, Antonio Candido, Mario de Andrade, Mário Pedrosa, entre outros, como também de autores como George Lukács, Walter Benjamin, Siegfried Kracauer, Theodor Adorno, etc, autores que lançam luz sobre a experiência moderna tanto no Brasil como alhures. Certamente discutir a produção cultural moderna não pode deixar de lado aspectos da vida material, o que Frederik Jameson denominou de a lógica cultural do capitalismo tardio. A Sessão de Trabalho está aberta também a todos os interessados, mesmo que não tenham definido ainda um objeto de pesquisa determinado. O enfoque dos temas discutidos se pretende aberto e voltado para uma perspectiva plural capaz de dar conta da dinâmica histórica atual.

 

 

Sessão de Trabalho 26

Estudos sobre História Intelectual, Ciências, Saúde, Tecnologia e Urbanismo no século XX.

Antonio Celso Ferreira

(Unesp/Assis.)

Leonardo Dallacqua de Carvalho

(Doutorando em História Fiocruz –RJ)

 

A experiência intelectual em diferentes contextos tem sido objeto de análise para o historiador pensar sobre as possibilidades de suas ações no tempo e espaço. Atores políticos e sociais são chamados para a discussão historiográfica em que suas ações estão alinhavadas a instituições, grupos do pensamento políticos e social, circuitos de circulação científica, práticas culturais ou por meio de impressos e mídias. Assim, o historiador é convidado a dialogar com outras perspectivas tais quais as relações com Ciências, Saúde, Tecnologia e Urbanismo, haja vista a polissêmica teia de atuações de intelectuais ao longo do século XX. Esta sessão pretende congregar trabalhos que tratam de trajetórias intelectuais, história intelectual, bem como suas relações com Ciências, Saúde, Tecnologia e Urbanismo no século XX.

 

 

 

 

 

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